3 ANOS DO DESASTRE EM MARIANA

6.nov.2018

 A impunidade pode abrir caminho para a ocorrência de novas tragédias

 

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Entenda como ocorreu o desastre em Mariana:

A Barragem do Fundão não conseguiu conter os 55 milhões de metros cúbicos de lama que armazenava em seu interior e, por consequência, no dia 5 de novembro de 2015 ela arrebentou. Em apenas 15 minutos, a lama atingiu a pequena cidade de Bento Rodrigues, situada a 8 km da barragem, com uma população de 620 habitantes. Assim, a cidade desapareceu soterrada pela lama e hoje restam apenas seus escombros. Durante os próximos 16 dias a lama seguiu por 853 km do rio Doce, atingindo as cidades ribeirinhas, para então chegar à bacia hidrográfica. Os dejetos do desastre em Mariana se espalharam num raio de 80 km, causando, portanto, graves prejuízos para a indústria local.

No total, os cerca de 1,2 milhão de habitantes de 39 municípios de Minas Gerais e do Espirito Santo tiveram suas vidas afetadas por essa tragédia. Mais de 2 mil hectares de terras ficaram inundadas e inutilizadas. As consequências ambientais do desastre de Mariana foram tão severas que os pesquisadores ainda buscam entender seus efeitos e procuram maneiras de restabelecer a natureza no local.

 

Como era a atividade no local

Para extrair o minério de ferro, é preciso separá-lo da terra e eliminar os resíduos. Nesse processo, de acordo com as normas de segurança, as empresas devem adequar esses dejetos em barragens apropriadas. Após o desastre, a SAMARCO (empresa mineradora) alegou que seguia rigorosamente as regras e inspeções das barragens. No entanto, há suspeitas de que as licenças ambientais eram aprovadas como troca de favores com políticos interessados.

Até atingir o Oceano Atlântico, a lama e os resíduos da mineração percorreram mais de 600 km. Os rios atingidos sofreram mudanças em suas características físicas (diminuição da profundidade, soterramento das nascentes e destruição da mata ciliar). Sofreram, também, mudanças químicas (devido à diluição de resíduos da mineração nas águas). O solo foi, dessa forma, contaminado pela enxurrada de lama e tornou-se infértil. As consequências desse desastre não ficam apenas no âmbito ecológico e ambiental. Toda a economia da região ficou prejudicada, levando milhares de pescadores e famílias a perderem seus trabalhos e lares.

 

Quais as consequências para a empresa desde o desastre em Mariana

No Brasil, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) é o órgão responsável pela legislação ambiental. Em conjunto com o IBAMA, analisa os impactos ambientais de diversas atividades no país. A SAMARCO foi multada por eles em R$250 milhões, mas, até 2017, havia pago somente 1% desse valor.

 

Fica evidente a importância da mitigação dos impactos causados pelas indústrias e empreendimentos no meio ambiente.

As melhores maneiras de protegê-lo são:

  1. Prevenção: as ações dos gestores ambientais devem ser intensificadas nas operações de monitoramento e identificação de zonas de risco. Deve-se priorizar, portanto, a instalação de redes de proteção de águas (tais como estações de tratamento de esgoto e efluentes), correta captação de lixo, resíduos e embalagens, monitoramento do uso do solo, controle de poluição atmosférica entre outros;
  2. Mitigação: visando reverter danos parciais e minimizar riscos eminentes, é preciso: manter parte das zonas já degradadas o mais próximo do natural possível, impedir ocupação habitacional em áreas de proteção, condicionar construções industriais etc.;
  3. Remediação: de todos os cenários, o que menos deveria acontecer. As medidas baseiam-se no acompanhamento dos impactos. Podemos destacar: programação para evitar a continuação da degradação, limpeza de rios e reduzir a continuidade de poluição, destinar adequadamente efluentes evitando efeitos tóxicos nos ecossistemas aquáticos etc.

Busque um profissional da área capaz de te ajudar a causar o menor impacto possível no meio ambiente. O mundo precisa de atividades mais sustentáveis e conscientes.

Nós da Ação Consultoria Ambiental podemos ajudar! Entre em contato através do telefone (41)3029-6798 para Curitiba e região ou (48)99619-4926 para o litoral de Santa Catarina. Você também pode mandar um e-mail para [email protected].